Como “vender seu peixe” na avaliação de fim de ano — sem parecer “panfleteira” de si mesma

A cena se repete todo dezembro: você senta diante do gestor, ele abre o formulário de avaliação, respira fundo… e o universo inteiro torce para que você consiga, finalmente, falar sobre suas conquistas sem soar arrogante, desesperada ou como alguém que estudou “técnicas de autopromoção” no YouTube às 2h da manhã.

Spoiler: dá para fazer isso de um jeito elegante, autêntico e até divertido.

O problema é que muitas mulheres chegam na avaliação com duas crenças perigosamente populares:

  1. “Meu trabalho fala por mim.”

  2. “Se eu disser o que fiz bem, vão achar que estou me achando.”

A verdade é que seu trabalho até fala… mas sussurra. E avaliação de desempenho não é momento para ASMR corporativo. É hora de colocar o volume no nível “audível”, com clareza, contexto e confiança.

Por que vender seu peixe não é se vender — é se posicionar

Ao longo dos anos aprendi que carreira é narrativa, não inventário. Você não joga fatos soltos na mesa; você constrói sentido. Em outras palavras: não adianta dizer que “entregou X projetos”. Ninguém ganha promoção por acumular API calls de tarefas. O que importa é mostrar impacto, evolução, intencionalidade.

E já que estamos falando de peixe: você não está vendendo sardinha. Está oferecendo salmão selvagem, rico em ômega-3 e resultados concretos.

O segredo está na combinação: dados + história + atitude

Para uma autopromoção que não dá alergia:

Dados: números trazem objetividade.
História: contexto torna memorável.
Atitude: postura firme e leve coloca você no controle da narrativa.

É tipo sushi: cada peça é simples, mas quando vem montada direito, convence até quem não estava com fome.

Os erros clássicos que sabotam avaliações (e como escapar deles)

Esperar ser reconhecida automaticamente. Isto é ficção científica, e não das boas.
Falar só de esforço e não de impacto. Trabalhar muito não vale promoção; gerar valor sim.
Listar atividades em vez de resultados. O RH chama isso de monólogo “semântica zero”.
Ensaio demais ou de menos. Um toque da mentora: ensaie o suficiente para parecer espontânea.

A forma mais autêntica de falar sobre si mesma: contar verdades poderosas

Quer um exemplo de frase forte, objetiva e zero arrogante?

“Neste ano, além de entregar X, Y e Z, evoluí minha capacidade de [competência estratégica]. O resultado foi [impacto mensurável], que ajudou o time a [benefício coletivo]. Para o próximo ciclo, quero ampliar esse impacto assumindo responsabilidades mais estratégicas em [área desejada].”

Percebe? Você não se exibe; você informa. Não se engrandece; se posiciona. Não implora; propõe.

O toque final: ironia elegante (porque a vida corporativa pede)

Você pode até brincar na conversa — com sutileza:

“Preparei um resumo das entregas do ano. Prometo que está sem adjetivos épicos, só fatos mesmo. O storytelling fica por sua conta.”

Ou:

“Trouxe meus principais resultados para facilitar nossa conversa. Juro que não tem PowerPoint, só impacto real.”

Humor bem dosado relaxa a tensão e reforça sua segurança.

O gancho irresistível: ninguém cresce em silêncio

Se existe uma frase para tatuar na alma profissional, é esta:
Você não avança quando reconhecem você. Você avança quando você se apresenta.

Autenticamente. Estrategicamente. Com a consciência de que sua trajetória merece ser ouvida — e valorizada.

Se sua avaliação está chegando, prepare sua narrativa. Seu peixe não se vende sozinho e se você precisar de orientação, conte comigo!

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