Aprendendo a Aprender: o Segredo do Sucesso

Falar de inovação sem incluir pessoas e sem investir em educação é “criar jacaré na banheira”: um grande risco de adiar algo que vai crescer e se tornar difícil de lidar no futuro.

“Criar jacaré na banheira” é procrastinar algo que você já deveria ter enfrentado. É o “depois eu resolvo isso”, que vira um problema gigante. Pode ser medo, insegurança, imaturidade, orgulho, negação ou até uma falsa sensação de controle.

E o que o Sucesso tem a ver com isso?

Muita gente acha que sucesso só chega para quem fez grandes ações ou teve momentos de sorte, mas ele está mais ligado à solução de problemas menores, antes que virem monstros, ou seja, para quem não “cria jacarés na banheira”.

Tem maior chance de sucesso quem consegue resolver rápido e de forma eficaz.

E como aprendemos?

O Aprendizado acontece quando o jacaré tenta te morder pela primeira vez e você percebe o problema que criou. Mas aprender com os erros faz parte da vida.

A gente só tenta ficar mais forte para não precisar “sangrar todo dia”.

E quando erramos, precisamos ser humildes, reconhecer o que precisamos mudar e agir.

Resiliência e Visão: Aprendendo com a Vida

Sempre fui alegre, apaziguadora e agregadora. Desde criança mostrava traços de liderança nos grupos de estudo, participando das atividades da escola e à frente de qualquer iniciativa comunitária ou familiar.

Participava de apresentações, escrevia roteiros de peças, cantava, pintava, tocava piano e tinha um sonho: ser professora de matemática.

Aos quinze anos, perdemos meu pai. Como filha mais velha, assumi com minha mãe as responsabilidades da casa e de cuidar das duas irmãs mais novas. Amadureci anos em dias. E agora eu tinha foco e metas: cuidar delas, ajudar minha mãe e passar para uma faculdade pública.

Entrei para a UFRJ e aprendi muito, principalmente que o mundo oferecia muito mais oportunidades do que eu imaginava. E olha que ainda não existiam microcomputadores, internet nem celulares. Me formei em Estatística e investi no que havia de tecnologia.

Um ano depois de formada, fiz uma especialização em Análise de Sistemas na UERJ, porque já trabalhava com terminais, microcomputadores e linguagens de quarta geração. Isso me levou à Coca-Cola como Analista de

Atendimento a Usuários e desenvolvedora de relatórios para os gestores.

Aprendi Lotus 1-2-3, sistemas de gestão e internet discada. Posteriormente, assumi o cargo de Supervisora de Informações de Marketing.

Fui instrutora de microinformática quando o Lotus 1-2-3 surgiu. Criei o material do curso e acabei assumindo a Supervisão do Curso de Programação do IBPI, onde implantei uma metodologia e materiais didáticos, a serem implementados nas novas franquias. Também era instrutora do curso de Formação de Analistas de Sistemas e da cadeira de Projeto do curso de Programação.

E então veio o Raphael, meu melhor e maior projeto de vida! Uma surpresa que mudou minha vida. Até casei rs.

A Virada: De Olho nas Oportunidades

Retornei ao desenvolvimento de sistemas em outra empresa, criei também a Central de Atendimento ao Usuário e um boletim mensal com dicas de uso.

Depois implementei BI (chamavam de informações de vendas), cruzando com dados Nielsen.

Abracei Marketing também, desenvolvendo o atendimento ao cliente (isso não existia!), valor agregado nas embalagens, código de barras (novidade!), promoções para consumidores e organização de eventos do trade em todo Brasil.

Essa experiência me deu a oportunidade de ser a primeira Gerente de Marketing da Casa Granado, após 80 anos parada no tempo.

Comprada por um inglês, tínhamos como meta a renovação dos produtos, mantendo a tradição da marca, criada em 1870.

Tendo como carro chefe o Polvilho Antisséptico e o Sabonete de Glicerina Granado, além das farmácias de manipulação no Rio de Janeiro, mudamos embalagens, estendemos essas linhas com versões mais modernas e aromas naturais.

Criamos a linha bebê, os sabonetes líquidos e transformamos a primeira loja própria em uma loja conceito.

Tenho muito orgulho de ter feito parte disso, dentro de um prédio em restauração, com o museu sendo construído no último andar. Lembro que parei de usar meia fina porque perdia uma quase todos os dias. E tínhamos um único computador para todo o Marketing.

Sabe quando a vida te entrega uma missão e você decide fazer dela um marco? Foi isso.

Eu ia à fábrica ver a produção e visitava clientes para negociar e acompanhar as mudanças. E conseguimos!

A essa altura eu já tinha meu próprio site, escrevia artigos online para o Portal do Marketing, havia lançado meu primeiro livro pela Editora Objetiva, tinha iniciado o projeto do site da Granado e conhecido meu atual marido.

Era 1996. Faz a conta aí!

Networking e Aprendizado Contínuo: A Salvação

Fiquei desempregada por 10 meses e retornei como analista de sistemas freela em uma distribuidora de filmes, a convite de um amigo, para criar um sistema de controle de previsão de receita e faturamento, muito específico.

Por que eu? Trabalhei com esse amigo em empresa anterior, fiquei no lugar dele quando saiu, somos amigos e nos admiramos como profissionais. Além disso, no período de desemprego, me atualizei para ter um plano B. Informática (agora TI) sempre me salvou.

Antes de automatizar, otimizei todos os processos para tornar para tornar a operação mais enxuta e eficiente e ainda desenvolvi um sistema de Cash Flow. Quando terminei, fui convidada para assumir a Gerência Administrativa Financeira e de TI da empresa.

Quando a gente entrega além do esperado e surprende o cliente, nosso valor é percebido com destaque.

Nesse ínterim, eu já havia começado meu MBA em e-Business na primeira turma do Brasil, na FGV/RJ. Eu já estava procurando há um tempo, porque tudo indicava que o futuro unia TI e Marketing (e eu trabalhava com os dois).

Investi o FGTS da empresa que saí, negociando pagamento à vista com um bom desconto e apostei alto, porque eu SABIA que ia dar certo.

Coragem para ser Feliz

A gente tem que ter coragem para fazer o que é certo. Você quer ser feliz e ter sucesso? Ou prefere ganhar bem e trabalhar com algo que você não gosta?

Como Gerente Financeira da empresa, eu sabia que ela não ia durar muito tempo se as coisas não mudassem.

Estávamos passando por um período difícil.

Fiz uma proposta ao diretor: corte de metade dos funcionários, renegociação das dívidas e redução de outros custos.

Fiz a lista dos nomes e coloquei o meu no número 1.

A gente tem que saber o que é melhor para a nossa vida.

Se a empresa quebrasse, eu ia demorar para receber. Além disso, eu queria trabalhar na minha área (Marketing e Digital), não finanças. Ganhava bem e não tinha tempo de viver. Um mês depois estava desempregada, demitida por mim mesma.

Como desgraça não vem sozinha, minha mãe faleceu deixando um tanto de problemas para serem resolvidos.

E nada de me chamarem para entrevistas… Até que surgiu uma oportunidade daquelas que se recusa. Uma vaga de programador web em uma empresa terceirizada, para trabalhar no cliente, uma empresa de telecomunicações. O rapaz ia sair e a pessoa precisava de alguém mais sênior, porém, só tinha verba para aquela posição.

Eu só vi o futuro: a internet vai bombar e a empresa vai precisar de mais do que um programador, o que já sou. E arrisquei.

Dois anos depois a pessoa se aposentou, continuou a trabalhar como terceirizada e tiveram que me contratar. Logo nos mudaram de gerência. Ela não quis ficar e saiu. Aí eu comecei a me posicionar.

Na mesma época, prometi a mim mesma que eu não morreria precocemente por não ter me cuidado, como fizeram as pessoas da minha família.

Que me cuidaria preventivamente, não para durar muito, mas para viver com dignidade, sem dores físicas ou emocionais.

Decidi também que seria feliz e que ficaria em paz.

Foi e tem sido um processo de aprendizado e ajustes, mas quem me conhece há 10 anos sabe que sou um case de sucesso.

Mudei de cidade 2 vezes, recomecei e me reinventei profissionalmente aos 52 e, nesse período, tenho produzido conteúdo sobre carreira, vida e ajudando a transformar e recolocar milhares de pessoas.

Desde então, meço meu sucesso por essas metas:

  • Ser a minha melhor versão
  • Estar em paz
  • Pensar no outro antes de agir
  • Ajudar pessoas a transformar suas vidas em suas melhores versões
  • Resolver problemas da melhor maneira para todos os envolvidos

Talvez por isso meu trabalho impacte positivamente tantas pessoas, de alguma forma.

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Cris Moutella – Estrategista de Carreira e Recolocação – cristinamoutella@gmail.com

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