9 Dicas para aprimorar seu trabalho em equipe

Ninguém trabalha sozinho, todos somos parte de algo maior. Entender essa realidade vai te ajudar a ser muito mais colaborativo e produtivo.

O subtítulo deste artigo até parece óbvio, né? Leia e descubra.

Segundo a Wikipedia, “…equipe é um grupo de pessoas que se junta para alcançar um objetivo em comum.” Uma equipe precisa estar muito alinhada com os objetivos do todo, ter coesão no discurso e sinergia nas ações. Ser parte de uma equipe é uma grande responsabilidade. E como ser o elo de uma corrente. Caso quebre, a depender de sua posição, os resultados da equipe estarão totalmente comprometidos.

No rafting, como ilustra a imagem abaixo, durante a descida das corredeiras cada um tem um papel no equilíbrio e na condução do bote. Não é a toa que este esporte é tão usado como exemplo e em dinâmicas dos cursos de liderança e trabalho em equipe.

Imagem: Tuareg Rafting e Expedições

Com o intuito de ajudar os colegas leitores, a seguir apresento 9 dicas práticas para ser um bom membro de equipe.

  1. Entenda sua equipe: procure conhecer como sua equipe se comporta no todo. Como as coisas acontecem. Essa dica exige um pouco de habilidade política para se relacionar com todos os membros. Mas, veja, não me refiro à políticalha – aquela que visa somente o benefício próprio ou favores. Falo daquela política saudável, que busca o bem comum, que ajuda a resolver conflitos e contribui para o relacionamento de todos. Nada de joguinhos de interesses – esses são anti-éticos e uma boa liderança identifica e deve cortar pela raiz.
  2. Conheça os membros e suas posições: sendo uma equipe formada por pessoas, cada pessoa tem um papel no contexto geral. Se todos souberem as responsabilidades uns dos outros, ainda que de forma superficial, fica muito mais fácil colaborar. Em equipes grandes, onde existem diversas pessoas com a mesma responsabilidade/função, basta saber as atribuições daquele perfil. Lembre-se que estamos tratando de indivíduos que tem suas experiências, seus hábitos, suas características particulares. Respeite o tempo e a forma como cada um produz seus resultados. Deixe a tarefa de medir performance com o líder de equipe, se não for sua função avaliar, não o faça. Muito menos discuta isso com colegas. O respeito mutuo é primordial numa equipe.
  3. Saiba sua posição no “jogo”: deixando bem claro, não é o jogo político. Aqui me refiro ao andamento das atividades que a equipe vai desempenhar. Conheça bem o seu papel e o que ele representa no objetivo geral. Sabe o “elo” da corrente? Aqui é preciso saber qual o nível de confiança que estão depositando em você e qual o impacto de uma falha sua. Maior ou menor, uma falha sua vai gerar impacto negativo. Mitigar tais situações o quanto antes, pode ajudar e diminuir a repercussão negativa e impedir transtornos maiores.
  4. Tenha um “back-up“: um dos motivos da dica 2 é te levar a reconhecer quem poderá te substituir numa eventual ausência sua. Caso isso ocorra, converse com a pessoa e deixe claro qual a sua expectativa e o que é preciso fazer para minimizar o impacto da sua ausência. Mas não espere que no seu retorno tudo tenha sido feito, muito menos do jeito que você faria. Isso vai te gerar um sentimento ruim. Lembre-se que a pessoa é sua substituta, não você. Ela tem suas próprias atribuições e tem seu jeito de fazer as coisas. A ideia é reduzir impactos, não acabar totalmente com eles.
  5. Conheça os objetivos da equipe: apesar de estar na dica 5, essa é uma das dicas mais importantes. Parece óbvio né? Mas vou mostrar que não. Imagine que você é parte de um time de desenvolvimento de software e te pedem pra fazer uma tela, uma simples tela. Te passam tudo pronto; protótipo, documentação e demais recursos. Você começa a executar o trabalho sem saber pra que serve, ou qual a importância daquilo no contexto geral. Para bons profissionais, essa condição vai gerar um grande incomodo. Como ser humano, gostamos de saber a importância daquilo que fazemos. Depois, qualquer erro de interpretação pode causar transtornos e até mesmo atrasar um projeto todo. Sempre peça explicações detalhadas, entenda o objetivo geral daquilo você está fazendo. Não aceite o famoso “faz ai e não pergunte o porque”. A atitude de buscar uma visão holística torna você uma pessoa diferenciada.
  6. Entenda o nível de criticidade do seu “elo” da corrente: o objetivo geral é o que move as pessoas a fazer o que fazem dentro de uma equipe. Neste caso, a sua parte precisa estar muito clara. Quando você recebe uma atividade, além de saber o motivo, busque entender o impacto dela no todo. Faça uma análise prévia e determine se consegue entregar de acordo com as expectativas geradas pelo líder ou pela pessoa que te passou. Conhecer suas atribuições de forma realmente clara, além de entender o impacto caso aquilo não saia conforme o planejado, vai te ajudar a evitar frustrações e transtornos no futuro.
  7. Siga a líder, mas contribua com ele: premissa básica: liderança é diferente de chefia. Um chefe manda! Pra ele não interessa se você concorda ou discorda, apenas faça. Um líder reconhece competências, distribui de acordo com elas e orienta uma equipe no modo como devem trabalhar para atingir os resultados. Reconheça o tipo de pessoa que está acima de você na hierarquia de comando e esteja sempre alinhado coma as expectativas dele. Para além disso, contribua, apresente sugestões agregadoras onde couber e tenha sempre uma postura proativa.
  8. Comunicação constante: na minha visão e de muitos outros gestores, a comunicação é a “mola mestre” de qualquer equipe. Sem comunicação, na essência, não há equipe. Essa comunicação precisa ser aberta, constante e sem restrições entre os membros da equipe. As informações referentes aos objetivos e as ações em andamento, precisam circular de forma livre e democrática. É importante ter um repositório central de documentação, tratativas e atividades relacionadas. Reuniões de alinhamento, controles de atividades e outras ferramentas como o kanban, por exemplo, são primordiais na comunicação de performance e percentual alcançado. Em se tratando de equipes, o fato é que sem comunicação as coisa não fluem.
  9. Não fique na dúvida nem intua nada: diante de todas as outras dicas, essa se tornou a mais simples e óbvia de todas. Ficar na dúvida por muito tempo, pode atrasar suas atividades e prejudicar o andamento geral de um projeto, por exemplo. Dúvidas precisam ser esclarecidas o mais rápido possível e com as pessoas certas. Tentar intuir o que precisa ser feito com base no “acho que”, “talvez seja” ou “acredito que”, não vai ajudar. Pelo contrário, pode atrapalhar muito a evolução. As vezes até temos certo conhecimento naquilo, mas se não estiver totalmente seguro e com uma documentação bem descrita, não siga adiante sem conversar com quem define.

Por fim, aqui não tratei de todos os pontos referentes ao trabalho em equipe, mas tentei apresentar uma síntese dos principais. O tema tem conteúdo para mais um livro, além de tantos que já existem por ai. Mas meu objetivo foi ser bem prático na tratativa deste assunto pelo qual sou apaixonado. Mas nem sempre fui. Depois que entendi que o trabalho em equipe é uma das essências do sucesso, passei a buscar meu aprimoramento como membro delas. Tenho estudado e testado técnicas diariamente, a fim de me aprimorar, melhorar meu trabalho e também as pessoas do time do qual faço parte.

Espero ter contribuído com você! Se achar que agreguei algo a sua vida profissional, curte e compartilha este artigo em sua rede. Se serviu pra você, pode servir pra mais alguém.

Um abraço e até o próximo artigo.

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