Educação Artificial

O aprendizado de Inteligência Artificial (IA) ganhou mais destaque nos últimos meses por conta das inúmeras soluções que tem surgido. Será realmente inteligência artificial? Particularmente, tenho um conceito um pouco diferente sobre o que é inteligência, mas este não é o tema principal desta pauta. Inexorável é que, estas novas plataformas têm sacudido o mercado e deixado alguns gestores educadores de “cabelo em pé” sobre como esta tecnologia será usada, sua abrangência e quais os limites dessas abordagens.

O mercado de IA Educacional representava cerca de 1 bilhão de dólares em 2020, mas as projeções atuais indicam algo em torno de 20 bilhões para 2027. Defensivamente é um novo manancial de oportunidade para investidores e educadores ávidos para prosperar.

Nos Estados Unidos, 90% dos alunos admitiram que conhecem e utilizariam o ChatGPT e um em cada três professores americanos entendem que esta solução deve ser banida. Como redefinir a educação diante deste cenário e quais os benefícios que ferramentas AI poderão colaborar com este processo?

Por hora, há explicitadas três boas oportunidades no setor educacional.  A primeira será na Criação de Conteúdo Artificial, seja por texto ou áudio, que poderá desonerar professores de gravações de vídeos e edição de conteúdo. Alunos, cada vez mais ávidos por informações, somado a metodologias, que respeitam a velocidade de aprendizado de cada um, serão altamente beneficiados por esse gerador de conteúdo automatizado. Investir mais no aprimoramento tecnológico e menos em livros didáticos parece-me a fronteira a ser conquistada no desafio brasileiro de ensinar para muitos sem abrir mão do limiar de qualidade.

Outra perspectiva de enriquecimento através da inteligência artificial é a Assistência de Aprendizado pelos modelos Voice first. Aulas personalizadas, criadas por seus professores ou artificialmente, são disponibilizadas nos assistentes domésticos como Alexa e Google Home com objetivo de, além de expandir as formas de entrega ao aluno, utiliza-se de uma plataforma em expansão nos domicílios. Todavia, este formato também poderá ser bem utilizado se amplamente embarcado em Podcasts, tocadores de músicas e etc.

Por fim e não menos importante, a IA será uma aliada dos alunos com deficiências moderadas ou graves. Soluções de leitura fluida de textos e exercícios, contextualização didática, desenvolvimento na fluência verbal e ampliação de vocabulário serão algumas das alavancas que alunos com baixa visão poderão se beneficiar com propostas de conteúdos mais inclusivos.

Diante deste futuro, haverá os negativistas e os alvissareiros integrados. Alguns o rejeitarão muito pela sensação de perda de conhecimento que este horizonte trará e outros abraçarão o novo, reaprenderão e encontrarão novas possibilidades a partir disso. Do meu ponto de vista, enxergo como uma ferramenta poderosa que irá revolucionar a forma da sala de aula se utilizarmos ao nosso favor e incorporarmos no processo de aprendizado, na maneira de pensar as avaliações a mindset de conceber educação.

A Inteligência Artificial continuará aprendendo e você?

Até a próxima.

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